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Residencia documental #1

Esta semana arrancamos a primeira Residencia Documental Confrontar a Ribeira Sacra, que coordinamos da man de Chantada Comunicación. Como xa explicamos nesta entrada a residencia ten como obxectivo buscar unha nova mirada sobre aspectos relacionados coa paisaxe, o patrimonio, aspectos socioeconómicos e outros ámbitos de interese particular da zona que se atopen problematizados.

Pola súa experiencia como cineastas rurais, a súa formación poliédrica entre a antropoloxía e o cinema e porque xa teñen desenvolvido outros proxectos no país coma a colaboración co festival de cultura rural Son d’aldea acollemos estes días de xuño a Gonçalo Mota e Miren Gurutze en Chantada. Nesta primeira edición contamos co apoio de Hotel Mogay e Brasería A Faragulla así como de Adegas Amedo. Colaboran tamén a xente de Televinte e de Pinancho Audiovisuais quenes completan esta rede de persoas que entenderon que Confrontar a Ribeira Sacra é unha tarefa urxente e tamén prometedora.

Gonçalo Mota fai cinema militante milita no cinema. El e a Miren Gurutze son licenciad@s en Antropoloxía Aplicada ao Desenvolvemento pola Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Gonçalo ten cursado un mestrado en Documental de Creación na Universidade Pompeu Fabra en Barcelona. Ten investigado no Arquivo nacional da imagem em movemento de Portugal a través do C.R.I.A, con fondos da Fundação para a Ciência e Tecnologia no proxecto Atrás da câmara: práticas de visualidade e mobilidade no filme turístico português.
Dende fai 15 anos Gonçalo leva a cabo unha atividade independente como técnico de son, Imaxe e Edición, Designer Gráfico e Antropólogo Visual para varias organizacións non gobernamentais, institucións públicas, cooperativas e empresas privadas. Ten realizado filmes como ARRAIA (2012) , MÓ (2012) ou PASAGENS (2008). Actualmente traballa no webdoc VIDAS FALADAS, producido por A.E.P.G.A. Algunhas das súas pezas poden ser consultadas nesta canle. Imos incluír a súa declaración de intencións para con esta residencia documental.

 

con·fron·tar – Conjugar verbo transitivo 1. Comparar características, diferenças ou semelhanças entre duas ou mais coisas (abrev. cf.). = COTEJAR 2. [Direito] Acarear. verbo intransitivo 3. Estar virado para. = CONFINAR Palavras relacionadas: cf., cotejar, confinar, acarear, comparar, semelhança, confronto.

“Aceitamos o desafio de confrontar a Ribeira Sacra, mas como o fazer? Como confrontar algo que não conhecemos? Talvez terminemos a ser confrontadxs pelo território…

Disseram-nos que este programa de residências pretende convidar artistas visuais que possam construir olhares sobre este território que não obedeçam a uma abordagem convencional e turística da região. Como iludir o olhar turístico, fingindo que não sou um?

O cinema e o turismo estão de tal forma conectados que é impossível presumir que as nossas práticas enquanto documentaristas ou artistas não sejam afectadas por essa relação predatória com o outro que o turismo veio impor às sociedades contemporâneas. Tal como turistas que mostram as imagens que fazem durante as suas férias em qualquer destino mais ou menos exótico, o resultado desta residência também vai ser inevitavelmente o resultado da nosa experiência num território que não conhecemos.

Numa busca pelo google descubrimos que em Monforte de Lemos existe o Museu de Ferrocarril de Galicia. Símbolo da modernidade, o comboio revolucionou a forma como os humanos se relacionam com espaço e com o tempo. É a partir deste Museu que se iniciará a nossa viagem, ou a nossa confrontação com a Ribeira Sacra, confrontaremos assim as tecnologias de mobilidade e os acessos nesta geografia acidentada com a sua história e com o presente que exploraremos ao longo da residência.”

Gonçalo Mota + Miren Gurutze

Imaxe:
Gonçalo Mota, 2002 por Ricardo Brandão

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